quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fibras

Inclua fibras diariamente na sua dieta.


Para quem pretende emagrecer e cuidar da saúde, as fibras são uma ótima opção. Além de não fornecerem muitas calorias, elas diminuem a absorção do colesterol, de gorduras e de açúcares, e causam sensação de saciedade. Mas atenção: para um bom funcionamento do intestino, as fibras devem ser sempre consumidas com bastante água. (Por Alimentar Dietas)



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Orientações nutricionais para Gastrite

A gastrite pode ocorrer quando alterações microbianas, químicas ou neurais provocam desequilíbrio nos fatores que normalmente mantêm a integridade da mucosa.

O indivíduo com gastrite deve evitar alimentos protéicos em excesso; doces concentrados (goiabada, doce de leite, cocada, geléia), frituras e alimentos gordurosos, bebidas gasosas e alcóolicas (refrigerantes, água gasosa, cerveja), café (inclusive descafeinado), chá preto, chá mate, guaraná natural, chocolate, leite e derivados em excesso, cubos concentrados de carne,/galinha/bacon/legumes e alimentos ricos em purinas como vísceras, levedo de cerveja, sopas prontas, carne suína, peru, pato, líquido em excesso durante as refeições, alimentos excessivamente gelados ou quentes, períodos de jejum ou excesso de alimentação.

Mas calma, quem tem gastrite pode sim manter uma alimentação saudável e saborosa!

Prefira:

Arroz, pão, biscoito e macarrão integral
Leguminosas
Peito de frango
Carne bovina magra
Salmão, cavala, atum, sardinha (possuem ômega 3, antiinflamatório)
Ovos cozidos ou pochê 3 vezes por semana
Sopas de hortaliças bem cozidas
Suco de couve
Frutas
Alimentos ricos em vitamina E: óleo de gérmen de trigo, gérmen de trigo, amêndoa, avelã, abacate
Iogurte, ricota, requeijão light
Óleos vegetais não aquecidos: azeite de oliva extra virgem
Mastigar bem os alimentos
Fracionar as refeições em 5 ou 6 ref/dia.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Consultório

Atendimento em Consultório

Edf. Aurélio Leiro, 10º andar, Sala 1003
Iguatemi
 Marque sua consulta: 3359-9153 / 3351-6795

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Evolução nutricional de crianças hospitalizadas e sob acompanhamento nutricional

Nutritional evolution of hospitalized children who were under nutritional orientation


Ana Flávia de OliveiraI,2; Fernanda Luísa Ceragioli OliveiraII; Yara JulianoIII; Fábio Ancona-LopezII
IPrograma de Pós-graduação em Nutrição, Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina. Rua Loefgreen, 1647, Vila Clementino, 04040-032, São Paulo, SP, Brasil
IIDisciplina de Nutrição e Metabolismo, Departamento de Pediatria, Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina. São Paulo, SP, Brasil
IIIDisciplina Saúde Coletiva, Faculdade de Medicina, Universidade de Santo Amaro, São Paulo, SP, Brasil




RESUMO
OBJETIVOS: Este estudo teve como finalidade avaliar a evolução nutricional de crianças hospitalizadas com doenças infecciosas, que estiveram sob acompanhamento nutricional.
MÉTODOS: Foram estudadas 125 crianças com idade de 6 a 36 meses de vida, admitidas na enfermaria de infectologia pediátrica do Hospital São Paulo, durante o período de Março de 2001 a Dezembro de 2002. As avaliações do estado nutricional e da ingestão energética basearam-se nos dados obtidos em inquéritos alimentares e medições antropométricas.
RESULTADOS: Das crianças avaliadas, 67 eram do sexo masculino (53,6%); a mediana de idade foi 17 meses e o tempo médio de internação, dez dias. Na época da admissão, 24,8% das crianças estavam desnutridas enquanto 10,0% delas apresentavam sobrepeso e obesidade. Prevaleceu o diagnóstico de doenças agudas (69,6%). Realizaram terapia nutricional 21,6% das crianças, sendo que destas, 81,5% receberam terapia nutricional via oral. O grupo de desnutridos teve melhora significativa do escore-Z de peso para estatura-Z peso/estatura (p=0,001); o grupo de eutróficos não teve alteração significativa de escore-Z peso/estatura (p=0,651) e o grupo com sobrepeso/obesos teve redução significativa do escore-Z peso/estatura (p=0,026). Não houve associação significativa entre realização de terapia nutricional e melhora do estado nutricional (p=0,37). A melhora doescore-Z peso/estatura esteve relacionada à ingestão de energia maior que a recomendação normal para a idade (p<0,001).
CONCLUSÃO: As crianças acompanhadas neste estudo tiveram melhora significativa do estado nutricional, tornando-se evidente a importância do acompanhamento nutricional durante a internação.

Termos de indexação: criança, dietoterapia, estado nutricional, hospitalização.

ABSTRACT
OBJECTIVE: This study aimed at evaluating the nutritional evolution of hospitalized children with infectious diseases, who were put under nutritional orientation.
METHODS: Evaluate the effect of therapeutic nutritional orientation on 125 children between 6 and 36 months of age, who were admitted at the Pediatric Infectology Ward of the Hospital São Paulo, São Paulo, Brazil, between March 2001 and December 2002. The evaluations of nutritional status and energetic intake were based on data obtained from inquiry-forms on feeding-patterns and anthropometric measurements.
RESULTS: Of the children being evaluated, 53,6% (67) were male. The mean age was 17 months, and the average period spent in the hospital was 10 days. At admission, 24,8% (31) of the children were undernourished and 10,0% (23) were overweight or obese. The diagnosis of acute diseases affected 69,6% (87) of the children. Nutritional support was provided for 21.6% (27) of the children, out of which, 81.5% (22) received nutritional support orally. The undernourished group presented a significant improvement of the Z-score of Weight over Height – Z W/H (p=0.001); the eutrophic group had no significant change of the Z-score Weight over Height (p=0.651), and the group overweight/obese showed a significant reduction of the Z-score Weight over Height (p=0.026). No significant associations were found between nutritional support therapy and improvement of the nutritional status (p=0.37). The children who had an energy intake higher than the one recommended for their age, had a significant improvement of the Z-score Weight over Height (p<0.001).
CONCLUSION: The children followed up in this study had their nutritional condition significantly improved, making it evident that nutritional orientation, or diet therapy, can improve the treatment of hospitalized children.

Indexing terms: child, dietotherapy, nutritional state, hospitalization.



INTRODUÇÃO
A interação sinérgica entre desnutrição e infecção é reconhecida há muito tempo com base em observações clínicas e em dados epidemiológicos. Como resultado final ocorre a potencialização de cada uma isoladamente e adicionadas entre si, sendo que a desnutrição compromete as defesas imunológicas do hospedeiro, facilitando a instalação de processos infecciosos e, por outro lado, as infecções reiteradas comprometem o estado nutricional, tornando-se um círculo vicioso1,2.
Alterações na relação nutrição e imunidade decorrente de processo infeccioso podem favorecer a desnutrição por meio de infecções intestinais capazes de alterar a absorção e a biodisponibilidade de nutrientes, de processo febril que acarreta aumento do requerimento energético e de infecções crônicas que aumentam a glicogênese e a lipogênese, alterando o metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas, níveis de micronutrientes e balanço eletrolítico, além de acarretar alterações hormonais que interferem no metabolismo de nutrientes3-5.
Em geral, a resposta metabólica do hospedeiro durante a infecção independe da sua etiologia. No entanto, a intensidade dessa resposta relaciona-se com a virulência do agente infeccioso e o estado de imunocompetência do hospedeiro, condição nutricional, fatores genéticos e presença eventual de outras doenças associadas. Dependendo da gravidade da infecção e da resposta imune do hospedeiro, as alterações metabólicas decorrentes podem predispor à desnutrição aguda, à síndrome da disfunção múltipla de órgãos e à morte1.
A nutrição tem sido, ao longo do tempo, negligenciada pela medicina terapêutica e preventiva por falta de reconhecimento dos profissionais de saúde da sua importância no processo saúde-doença; além disso, soma-se à dificuldade de reconhecimento do paciente com distúrbios nutricionais a dificuldade de estabelecer associações desses com as várias enfermidades5-7.
No hospital, a desnutrição, muitas vezes, é pouco reconhecida e nem sempre é tratada, com conseqüente aumento da morbidade e mortalidade, principalmente por infecções. O reconhecimento precoce e o tratamento eficaz diminuiriam o tempo de hospitalização, minimizariam as ações hospitalares nutricionalmente iatrogênicas e transtornos familiares6,8.
A terapêutica nutricional, dependendo da doença de base, é bastante variável9. Por isso, a avaliação nutricional, além de ser realizada quando da admissão do paciente, deve ser continuada durante o período da internação para controle mais racional do tratamento e recuperação do estado normal de saúde e nutrição6,8.
Demonstrada claramente a relação nutrição, imunidade e infecção, é de fundamental importância que se considere, na abordagem dos indivíduos com doenças infecciosas, o acompanhamento do estado nutricional para que haja redução da suscetibilidade e aumento da resistência à infecção3,5.
Foi propósito deste estudo avaliar a evolução nutricional de crianças hospitalizadas em enfermaria de infectologia pediátrica sob acompanhamento nutricional.

MÉTODOS
Trata-se de ensaio terapêutico sem grupo controle que avaliou o estado nutricional, o tipo de doença, a ingestão energética durante a doença e o tipo de terapia nutricional realizada. Fizeram parte deste estudo 125 crianças admitidas na enfermaria de infectologia pediátrica do Hospital São Paulo, com idade entre 6 e 36 meses de vida, de março de 2001 a dezembro de 2002. Crianças internadas no final de semana e que tiveram alta na segunda-feira e aquelas nas quais não foi possível realizar medidas antropométricas durante a internação foram excluídas do estudo.
No período máximo de 48 horas após a internação, realizou-se avaliação clínico-nutricional dos pacientes admitidos, coletando dados do prontuário e complementando-os, quando necessário, com informações obtidas da mãe ou responsável. A avaliação nutricional foi realizada por inquéritos alimentares e medidas antropométricas. Para o controle da ingestão energética, foi realizado, durante a internação, registro de 24 horas da ingestão alimentar duas vezes na semana.
Para analisar a doença de base e devido à grande variedade de doenças como causa de internação, optou-se por dividi-las em dois grandes grupos: doenças agudas e crônicas. Foram classificadas em doenças agudas: doenças de pele (escabiose, celulites, dermatites, abscessos infecciosos, varicela infectada etc), infecções de vias aéreas superiores e inferiores, infecções do trato urinário, diarréias infecciosas, artrites e pioartrites e meningites. E em doenças crônicas: neuropatias, síndrome da imune deficiência adquirida (SIDA), tuberculoses, cardiopatias congênitas, osteomielite e fibrose cística. Pacientes portadores de doenças crônicas agudizadas foram incluídos no grupo de doenças crônicas.

RESULTADOS
Do total de crianças acompanhadas, 53,6% (67) eram do sexo masculino. A mediana de idade foi 17 meses (valor mínimo: 6 meses e valor máximo: 36 meses) e tempo de internação de 10 dias (valor mínimo: 3 dias e valor máximo: 120 dias). Quanto ao estado nutricional à admissão, 24,8% (31) estavam desnutridas (21 levemente, 8 moderadamente e 2 gravemente) e 10,0% (23) apresentaram sobrepeso e obesidade (13 com sobrepeso e 9 obesos).
A causa de internação por doenças agudas foi prevalente em 69,6% (87) das crianças, sendo que os diagnósticos encontrados foram: 25,9% com broncopneumonias/pneumonias, 24,1% com doenças infecciosas de pele (celulites, dermatites, impetigo e erisipela) e 15,5% com meningite/mastoidite. Das crianças internadas por doenças crônicas, as neuropatias foram as mais prevalentes (31,3%), seguidas de SIDA com complicações agudas (21,9%) e tuberculose (15,6%).
Receberam terapia nutricional 21,6% (27) das crianças, sendo que dessas, 81,5% (22) receberam terapia nutricional via oral. Apenas quatro crianças receberam nutrição enteral e uma recebeu parenteral.
Para avaliar a evolução nutricional das crianças, foram criados três grupos: desnutridos, eutróficos e com sobrepeso/obesos (Tabela 1). O grupo de desnutridos teve melhora significativa do Z P/E (p=0,001), o grupo de crianças eutróficas não teve alteração significativa do Z P/E (p=0,651), e o grupo de crianças com sobrepeso/obesas teve diminuição significativa do Z P/E (p=0,026).



As crianças desnutridas foram as que mais realizaram terapia nutricional (Tabela 2, p=0,001), mas não houve significância estatística entre realização de terapia nutricional e melhora do estado nutricional (Tabela 3, p=0,37). A melhora do estado nutricional esteve intimamente relacionada com a ingestão energética durante a internação: as crianças que ingeriram mais que uma vez a recomendação de energia por quilo de peso para idade durante a internação foram as que tiveram melhor evolução nutricional (Tabela 4, p<0,001). As crianças desnutridas permaneceram mais tempo internadas do que as não desnutridas (Tabela 5, p=0,024).












DISCUSSÃO
O principal objetivo do acompanhamento nutricional em pacientes hospitalizados é realizar terapia nutricional adequada à doença e ao estado nutricional apresentado, colaborando assim com a melhora do prognóstico do paciente6,8,9,13-15. Logo, o objetivo não foi realizar recuperação do estado nutricional das crianças internadas, mas a manutenção do peso corporal, evitando que os pacientes sofram depleção durante a internação. Portanto, consideraram-se como tendo tido evolução nutricional satisfatória as crianças que não perderam peso.
As crianças desnutridas tiveram melhora significativa do Z P/E durante a internação. Alguns fatores podem explicar o ocorrido, como a maior permanência de tempo de internação15-21, fazendo com que recebessem, portanto, maior tempo de acompanhamento nutricional, e o fato de o término da fase aguda da doença ocorrer durante a internação, com diminuição dos sintomas clínicos de infecção (febre, anorexia, sonolência) devido à diminuição das Interleucinas 1 e 6, acarretando aumento da ingestão alimentar ainda no período da hospitalização1,4,5,22-24. A maior carência nutricional aliada à avidez orgânica, a facilidade de acesso aos alimentos concomitantemente à monitoração da ingestão alimentar e a qualidade adequada de nutrientes oferecidos contribuem para melhora do estado nutricional.
As crianças consideradas eutróficas mantiveram o Z P/E, o que se considerou evolução satisfatória, pois não houve deterioração do estado nutricional durante a internação. As crianças que entraram com diagnóstico nutricional de sobrepeso ou obesidade tiveram redução significativa do Z P/E; apesar de esse não ser o melhor momento para a perda de peso, o fato pode ser explicado por restrição dos alimentos hipercalóricos (salgadinhos, refrigerantes, doces) e sua substituição por alimentação adequada ofertada durante a internação. Apesar de não existir controle rígido da entrada de alimentos de fora do hospital, a orientação dada aos pacientes consiste na proibição desse comportamento.
Pacientes desnutridos são os maiores candidatos a terapia nutricional20-22,25 (p=0,001) por terem maior necessidade, porém o recebimento de terapia nutricional não teve associação significativa com a melhora do estado nutricional, mas com a ingestão energética durante a internação. Os pacientes que tiveram ingestão energética média acima da recomendação por quilo de peso para idade durante a internação tiveram associação significativa com a melhora do estado nutricional (p<0,001) porque, nessa fase, o organismo em vigência de infecção necessita de maior requerimento energético devido à febre e às alterações no metabolismo de macro e micronutrientes aliadas ao seqüestro de aminoácidos para a síntese de proteínas de fase aguda3,4,23-25. Assim, com a adaptação da dieta hospitalar aos hábitos alimentares e necessidades da criança, aquelas que ingeriram mais que as recomendações de energia para a idade tiveram melhor evolução nutricional21,26,27.
Esses fatos evidenciam que o acompanhamento nutricional contribui para manutenção e/ou melhora do estado nutricional do paciente durante a hospitalização.

CONCLUSÃO
As crianças acompanhadas neste estudo tiveram manutenção ou melhora significativa do estado nutricional, evidenciando a necessidade do acompanhamento nutricional durante a hospitalização. Ressalta-se a importância da atuação em equipe multiprofissional para que haja melhor tratamento da criança hospitalizada.
AGRADECIMENTOS
Ao Dr. Antônio Vladir Lazzetti e a toda equipe médica da enfermaria. Às nutricionistas Laura, Érica, Flávia, Juliana, Rosângela, Fernanda, Mile, Mariana, Ana Flávia e Marina, pelo auxílio na coleta e codificação dos dados.

Referências:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732005000300006